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Arquitetos: Taliesyn Design & Architecture
- Área: 180 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Niveditaa Gupta
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Fabricantes: Lutron, Asai Glass, Asian Paints, Philips, Toshiba Air Conditioners, Toto & Kohler
Descrição enviada pela equipe de projeto. O novo escritório para Taliesyn, uma prática arquitetônica de uma década em Bengaluru, Índia, representa sua ideologia de projeto abrigando a criação e a colaboração, uma paleta de materiais experimental e sensibilidade em relação ao mundo pós-pandêmico em mudança.
O novo espaço para Taliesyn é uma reflexão das ideologias e ética de trabalho do estúdio. A linguagem é coreografada de maneira minimalista para evocar uma cultura de inspiração, criação e colaboração, enquanto promove trabalhos não convencionais. Localizado no lado sul de Bengaluru, o Taliesyn Studio chama a atenção para a folhagem e o contexto existentes por meio de conceitos vernaculares e inclusões biofílicas. Espalhado por uma área de 220 metros quadrados, as condições do local existente ditam a narrativa espacial com base na hierarquia de privacidade e em uma relação fluida e aberta. Disposto perpendicularmente ao pátio central, está o espaço do estúdio de dois andares ao longo do eixo norte-sul e a biblioteca de materiais ao longo do eixo leste-oeste. Obtido a partir da prática de aprendizagem e diálogo interativos, o planejamento geral engloba uma mistura de áreas abertas e semiabertas que oferecem alívio do espaço construído.
O Construído - Esfumaçando as fronteiras entre o construído e o aberto, o volume abraça a filosofia biofílica do estúdio. Ancorado por uma estrutura exposta ousada que forma o esqueleto estrutural, o espaço principal do estúdio engloba uma série de arcos semicirculares e seções metálicas embutidas. O espaço de dois andares visto desde o exterior por uma única fachada alta é rompido por volumes internos. Essa fachada de um único andar é bifurcada horizontalmente por blocos de terra na metade superior e painéis arqueados de cimento na inferior, enquanto as seções de metal reforçam homogeneamente a bela materialidade contrastante das duas. Ao mesmo tempo, a combinação desses materiais oferece interesse visual e porosidade para diminuir o calor e permitir a ventilação cruzada.
Exibindo um forte contraste em relação à experiência externa, os volumes internos estão escalonados para aumentar as conexões visuais em todo o estúdio. A vasta extensão do espaço do estúdio pode ser percebida a partir de um único ponto de entrada com estações de trabalho funcionais, um banheiro no térreo e uma área de discussão no mezanino no primeiro andar. No centro há uma escada circular de metal verde-sálvia que foi criada para refletir as cores da paisagem circundante. Construído em estruturas metálicas, o andar superior é um santuário privado para os fundadores e também serve como espaço de conferência e reunião. No entanto, não há envoltório segregando-o do restante do estúdio. Em vez disso, o corrimão da escada se estende para formar um parapeito no mezanino, com vista para as atividades do térreo e a fachada bilateral sólida. A parede nesse nível, construída com blocos de terra, é recortada por janelas retangulares que trazem a luz solar e ar fresco, enquanto sua altura elevada concede a privacidade necessária. Os banheiros em ambos os níveis são camuflados e tratados com os mesmos acabamentos da parede.
Maximizando os recursos naturais, os pisos de granilite no térreo são feitos com chips quebrados reciclados. Ao mesmo tempo, todos os móveis ecoam uma sensibilidade de design minimalista, com as mesas de trabalho e cadeiras feitas no local com compensado de bétula apoiados em pernas de metal. A cobertura plana é construída em três camadas as quais abrigam um amplo sistema de painéis solares que atende a todas as necessidades do estúdio, um pequeno passo em direção a reduzir sua pegada de carbono. Um sistema de captação de água da chuva é incorporado para reforçar as crenças em um futuro sustentável. A biblioteca de materiais, originalmente um contêiner de transporte, é adaptada para o novo espaço de trabalho construindo um local que inspira os arquitetos a explorar e pesquisar a materialidade de seus projetos.
Núcleo paisagístico - As condições prevalecentes do local ofereceram oportunidades para incorporar a paisagem existente onde uma árvore de bétula indiana (Honge Mara nativa) ocupa o ponto focal flanqueada pelo volume construído nos lados sul e oeste. Este ambiente externo abriga espaços para interação social na paisagem aberta e semiaberta, além de locais para pesquisa e experimentação de materiais e estúdio. Conformando a primeira entrada está a praça central, um belo jardim paisagístico marcado por um caminho feito de ladrilhos de pedra que gradualmente direciona para o estúdio. Espaços tecidos holisticamente criam uma atmosfera que abraça as características honestas e não tratadas dos materiais, maximizando suas propriedades físicas naturais; uma forma taliesyniana de auto expressão. Uma série de níveis foi concebida na praça aberta, com uma área semiaberta erguida abaixo da biblioteca de materiais que serve como um espaço de estar e refeitório recuado feito de blocos de terra ocos e materiais reciclados do local, criando padrões e texturas para aliviar a curiosidade espacial. As instalações estão abertas para um jardim frontal paisagístico, atuando como um espaço convidativo para colaboração, reunião, eventos informais e atividades sociais. A falta de qualquer acabamento e ornamento exibe a estética inerente dos materiais; uma abordagem sustentável manifestada na ideologia e ética de Taliesyn.
O local incorpora o conceito do estúdio que adota uma abordagem sensível de design, abraçando materiais no processo de construção, ao mesmo tempo em que possibilita uma fluidez controlada entre espaços. Construindo sobre um senso de nostalgia para conectar o antigo estúdio e o novo, este espaço de trabalho simplista apresenta o esforço colaborativo entrelaçado na identidade do estúdio como prática. O estúdio continua criando um diálogo envolvente entre pessoas, espaços e objetos de maneira honesta e marcante.
